quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Boas Festas!


Hoje fui surpreendida com um email do meu sobrinho Manuel.
Vou utilizar-me de uma imagem que ele me mandou para desejar a todos vós um excelente Natal e um Ano Novo cheio de sorrisos e amor.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

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Uma nova fase, novos desafios.

Resta saber se estarei à altura dos mesmos.

Aos mais próximos darei a novidade pessoalmente.

Bom fim de semana.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Para pensar

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousamos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Pessoa, Fernando.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Roma, Itália
11 a 14 de Novembro’09


Quando chegámos reparámos que ninguém conhecia as ruas pelos nomes, mesmo os taxistas ou motoristas dos bus. Por momentos duvidámos que a reserva do hotel que fizéramos era uma burla de Internet. Mas por sorte lá conseguimos chegar ao hotel, um hotel que descobrimos ser gay friendly no próprio dia do embarque. Não pudemos colocar a ninguém qualquer rótulo ao pequeno almoço, porque afinal o mesmo poderia caber em nós: 2 mulheres num quarto com camas juntas, refira-se que não estávamos assim tão mal, já que no último dia conhecemos uns portugueses que no quarto tinham que andar de lado para se movimentarem.
1º dia: rumámos em direcção ao Coliseu e Fórum Romano. Dia excelente para um museu ao ar livre, fabuloso. Recuámos milhares de anos, época dos imperadores romanos. Fantástica obra, muito trabalho para os arqueólogos. Afinal todo este Fórum estava subterrado, sendo que as escavações, descobertas e restauros são uma constante.
Sempre a pé fomos em direcção às termas Di Caracalla (não atropeladas nas passadeiras porque não calhou, trânsito maluco de vespas e carros, o peão nada vale por estas bandas); boca de verdade, Isla Tiberina (muito interessante, no meio do rio Tevere, que passa Roma ao meio). O roteiro incluiu a passagem por quase todas as pontes de Roma, até ao Castelo de S. Ângelo; ainda lusco fusco deu para espreitar o Vaticano que ficava ali ao lado. O dia estava longo e o quarto chamava por nós: uma breve paragem no quarto (altura em que descobrimos que o pessoal tinha “saqueado” o nosso quarto e lá se foi a única coisa que ficou de fora dos aloquetes: o cachecol). Aborrecidas ainda saímos para jantar e ver à noite, com o brilho das luzes, a Fontana de Trevi (cumprimos a tradição do lançar a moeda de costas voltadas) e Plaza Colonna.
O mito dos italianos perdeu-se. Machos latinos, morenos de calças justas e sapatos bem abicados, barba semi-por fazer, com ar de mafiosos vimos poucos. As miúdas logo cedo começam a utilizar maquilhagem, um excelente mercado para as marcas das bases, pinturas e desmaquilhantes.
O 2º dia ficou reservado para palmilhar o centro – Praça de Espanha (vimos o quão pobres somos, os preços das grandes marcas eram um atentado aos turistas de pé rapado como nós). Para aumentar o choque passaram por nós polícias montados em altas bombas (aliás numa rua a fila de carros parados de alta cilindrada com o pirilampo da polícia em cima fez-nos compreender como ali a polícia é importante, depois enquadrámos este cenário - estávamos na rua onde se situava a polícia anti-máfia). Daqui fomos fazer uma passagem breve pela Villa Medici.
Os S’s que fizemos até chegar à praça Novona levou-nos ao desespero: os italianos são antipáticos; além de não saberem, não dão indicações. Neste andar aos S’s descobrimos a Câmara dos Deputados, que estava vedada à circulação, desconfiámos que Berlosconi estava nas redondezas.
Finalmente Ave César: lá encontrámos a Piazza Navona (muitos pintores e caricaturistas).
Campo dei Fiori: mercado durante o dia e o local de encontro da malta jovem à noite. No mercado, os cheiros das especiarias, misturadas com as cores dos pimentos, malaguetas, tomates e fruta transporta-nos quase para os países árabes, mas lá estávamos em Itália, as belas massas caseiras repunham o nosso sentido de orientação. Os preços das frutas eram assustadores, quase que concluímos que os italianos mal comiam fruta, até que conseguimos entrar num supermercado de bairro e ver preços mais próximos dos nossos.
Já exaustas e derrotadas pela cidade, voltámos ao repouso: julgávamos nós, já que o percurso revelou-se num autêntico desastre. Opção: autocarro para experimentarmos, num dia em que o metro por momentos encerrou (devido a um suicídio na linha). Mais parecíamos sardinhas enlatadas. O que safou tudo isto foi a viagem à pato. Chegámos finalmente ao Vaticano completamente amassadas e com as mãos a “berrarem” por água; parámos num café, pedimos 2 chocolates quentes e uma fatia de tarte com intuito de repor energias, o que acabou por também despachar mais uns euros da carteira (13 euros). Balanço positivo apenas para a lavagem das mãos, o que confirmou algo estranho que vivemos todos estes dias: a ASAE em Roma tinha trabalho para uns anitos (wc comuns a homens e mulheres, minúsculos e incipientes).
O último jantar na cidade: uma boa surpresa. Andámos à procura de algo ligeiro, mas descobrimos um restaurante próximo do hotel com um serviço excelente a preços simpáticos. Sobremesa tiramisú como só os italianos sabem fazer (aliás os próximos só mesmo em Itália).
3º dia: Vaticano, museu, filas enormes. Mesmo sabendo disso, não nos conseguimos despachar de madrugada. Chegámos e lá estava a bela da fila que circundava o muro do Vaticano. Ai! Ainda hoje lá estávamos. Não tínhamos tempo, com avião para apanhar nesse mesmo dia. Solução: agir como se nada fosse e lá estávamos nós – as primeiras da fila è espera de entrar, ninguém nos ralhou e passámos à frente de um nº considerável de pessoas.
Magnífica a capela Sistina, onde Miguel Ângelo deu o melhor da sua obra, os frescos, a ilusão do relevo, os traços, os pormenores. Fabuloso. Indescritível.
Descemos e descemos, até à origem do catolicismo: local onde São Pedro foi enterrado – o 1º Papa da Igreja católica – onde foram definidos todos os princípios do catolicismo. Em cima desta foram construídas 2 Basílicas, uma delas a actual que hoje vemos. Passámos no túmulo de João Paulo II, muito simples, emblemático, local de silêncio e oração.
Colámo-nos a uma guia que mais tarde nos expulsou do grupo, mas ainda conseguimos alguns enquadramentos do que víamos, por exemplo o símbolo de referência do catolicismo: o alfa e o ómega (o princípio e o fim, símbolo colocado nos túmulos dos Papas).
A Basílica, enorme, está dividida em várias partes, onde se desenvolviam várias missas, numa delas até um baptizado vimos (reservado é certo, mas deu para espreitar). À entrada da Basílica a água benta era sugada para pequenos frascos (será merchandising do Vaticano?) que as pessoas mergulhavam na pia (talvez para levar água benzida em Roma, pelo Papa? Não sei…). Eu apenas me atrevi e benzer e a rezar.
Mais umas caminhadas ao longo do rio, de forma a nos despedirmos da cidade. Encontrámos ao acaso uma feira de velharias e objectos em 2ª mão; entrámos, curiosidade feminina, mas as horas apertavam.
Parámos na Praça de Espanha para comermos alguma coisa e aqui por nos sentarmos 10 minutos a sandes foi mais cara 1,50.
Voltámos ao hotel para levantar as malas e fazer um último resgate ao cachecol, mas sem efeito. Nem sequer livro de reclamações tinham, pois “os clientes não reclamam, por isso não precisamos dele”, disseram-nos. Apresentam-nos uma folha em branco, que, costas voltadas, ia direitinha ao lixo. Mas no booking vamos deixar um comentário deste hotel (a Internet tem destas coisas: a velocidade da publicidade, má ou boa, é espantosa).
Na despedida e já no terminal do comboio em direcção ao aeroporto, fomos brindadas por uma visão: italiano em tronco nu, com cabelos soltos e tudo no sítio, dentro de uma casa comercial que a nós nos pareceu um solário.
Uma viagem rápida, cansativa de certa forma, mas num ritmo certo para quem quer ficar com uma visão geral da cidade. Vale a pena. Na parte velha quase tudo é museu aberto. O Vaticano de facto um mundo à parte.
Um bom destino para esta época do ano, mas sublinhe-se sem chuva.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Riscas take 2

Depois de alguma forma composta a sala, cá vai o resultado quase final.
Et voilá: a Costa Nova dentro da casa da CR :)

Aqui fica também um azulejo quase único que uma amiga minha me deu e eu resolvi emoldurar.
Isabel já há muito que não falamos, mas lembro-me sempre de ti. São gestos únicos que tivemos uma com a outra. Obrigada pelo sentido que puseste nas prendas que me deste. Espero que estejas bem. Beijinho ao filhote que deve estar grande.

Hoje estou a viver um sentimento duplo: alegria e desprendimento... Um dia explico-vos.
Vá, bom fim de semana.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Rotunda

Hoje adormeci!
Ando cansada. Não tenho dormido as minhas 8h para ficar bem.
Mas como temos que olhar para as coisas no sentido positivo, lembrei-me que para a próxima semana estarei em Itália (Roma) de FÉRIAS. Vamos apostar no descanso cultural, mais do que na correria cultural.
E vinha eu neste meu pensamento quando me deparo numa das rotundas com um cenário digno de foto. Lá voltei para trás e tirei a foto para partilhar convosco:



Em plena rotunda, saco semi-cheio de azeitonas, imagino que para serem curtidas posteriormente. É assim mesmo: rotundas, zona pública, árvores de todos nós e, nesse caso, por que não colhê-las?
Vida simples e sem stress.
Achei engraçado e fez-me sorrir.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Redes sociais

Tenho andado a consultar o blog de um amigo meu que chegou recentemente de viagem. De facto esse blog parece referência de muita gente. O dinamismo nos comentários é fantástico. Confesso: provocou-me alguma ciumeira. Mas pode ser que aqui no meu existam pessoas a lê-lo, mas não vão além disso, não deixam o seu comentário.
O comentário estimula a análise crítica, o pensar, a discussão e qui ça a luz.

Mas hoje a questão está nas redes sociais.
Facebook e twitter já são uma realidade para mim. Aqui podem encontrar um link para estas redes sociais. Tenho reparado que cada uma destas redes está permeável a criar cartões de visita de uma para as outras e até para os blogs. O Olhares tem também esta possibilidade. Tudo está em rede. Fantástico. Tudo em nome da projecção. É canal próprio de comunicação e para os marketeers são um segmento a levar muito a sério, já que se propagou de tal maneira que é impossível não fazer parte, sobretudo para quem quer comunicar uma marca, um ponto de vista.

Hoje deparei-me com mais uma rede social. Ao que parece já tem algum tempo e que toma notoriedade, porque também promove atitudes de discriminação.
Ora vejam um artigo que saiu no Expresso:

Se é feio, esta rede social não é para si
O BeautifulPeople.com é uma espécie de Facebook só para gente bonita. Se os membros disserem que um candidato é feio, ele não entrará na rede.

Mariana Cabral (www.expresso.pt)
11:36 Quinta-feira, 29 de Out de 2009
Por uma razão ou por outra, quase todas as pessoas já sofreram na pele o desconforto de serem barradas à porta de uma discoteca. Agora, o desconforto também pode ser virtual. Imagine ter a entrada barrada numa rede social porque... não é bonito o suficiente.
O
BeautifulPeople.com é provavelmente a rede social mais politicamente incorrecta do mundo, mas pelo menos é honesta, diz um dos criadores, Robert Hintze. "Todos os seres humanos querem estar com alguém bonito, é a natureza humana. Os outros sites são selvas de hipopótamos e javalis. O nosso é uma reserva de caça magnífica de leopardos e gazelas."
A inscrição no
BeautifulPeople.com é gratuita e aberta a todas as pessoas, mas apenas 20% dos candidatos são aceites na rede. É que, nas 48 horas seguintes à inscrição, o candidato tem de ter o seu perfil e a sua fotografia submetidos a votação pelos membros do sexo oposto. O candidato pode assistir à votação em tempo real e ver se obtém mais aprovações - divididas em "Sim, definitivamente" e "Sim, pode ser" - ou rejeições - divididas em "Não, nem por isso" e "NÃO, definitivamente". No final, saberá se é considerado bonito, sendo aceite, ou feio, acabando rejeitado. Exclusivo para beldades
O objectivo principal é criar uma comunidade exclusiva de beldades que tanto poderão querer arranjar uma relação amorosa como um contrato com uma agência de modelos. Hintze, um dinamarquês com 32 anos, fundou a Beautiful People em 2002, na Dinamarca, mas entretanto o projecto tornou-se global e já tem cerca de 175 mil membros espalhados por 16 países.
A expansão da rede traz, no entanto, alguns inconvenientes. Tanto Hintze como o seu sócio, Greg Hodge, um inglês de 33 anos, já receberam várias ameaças de morte, nomeadamente de alguns dos rejeitados. Mas, pela beleza, aguenta-se tudo, diz Hodge. "As pessoas estão fartas de gastar tempo e dinheiro para conhecerem pessoas feias na net. Com o
BeautifulPeople.com não é preciso vasculhar na porcaria. Todos os que estão na rede são... bonitos."

Porque trabalho nestas questões do Marketing, subscrevi para ver como funciona. Vamos ver os resultados. ;)
Não tenho quaisquer expectativas, apenas saber como a rede se comporta. Mas para quem leva estas questões de beleza muito a sério, ser rejeitada(o) por uma rede social é, digamos que, "tramado". Pode causar situações (secundárias ou primárias até) graves.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Caminhos e Metas



Li no blog de um amigo meu o mote para iniciar este post no meu blog. São frases que nos deixam a pensar, sendo um óptimo ponto de partida para uma reflexão mais alongada do que aquela que fui encontrar no blog dele. Confessou-me que estas mensagens são encriptadas, têm uma mensagem subjacente dirigida a pessoas num outro âmbito que não o da amizade. Blog muito frequentado e seguido por pessoas nas várias vertentes da sociedade. Como o meu digamos que é só dirigido a pessoas que me conhecem, mais ou menos no grau do conhecimento, digamos que posso aqui alongar estes pensamentos.
“Para os que se esforçam e para os que desejam chegar mais alto e mais longe. Mas também para os que valorizam o caminho e não apenas os que pensam na meta”. E eu acrescentaria: para os que olham aos meios para atingir os fins e para os que consideram que o fim/a meta não justifica alguns dos meios utilizados. De facto, todos nós ansiamos chegar mais longe e mais alto, comparamo-nos sempre com aquele que consideramos estar melhor do que nós (seja a nível económico, social, familiar, etc), talvez isto nos motive a avançar. Este caminho pode igualmente resvalar para a insatisfação constante e, por consequência, desmotivação. Conhecer o ponto de equilíbrio, reconhecer o percurso que já fizemos, sempre com uma perspectiva evolutiva, é talvez dos desafios mais agressivos que o ser humano tem: muitos deles ficam pelo caminho, psicologicamente abandalhados, porque um dia tomaram decisões em nome de um fim melhor, contrariando valores base e estruturantes.
E aqui cabe a outra frase: “É na base que se joga a sustentabilidade. O resto é importante, mas se na base não houver coesão e firmeza tudo pode acabar mal.” Estarmos bem connosco próprios digamos que é o equilíbrio que todos nós devíamos ansiar e que, muitas vezes, é ignorado em nome de um suposto “sonho maior”. Para quê? Agora entra a parte de cada um de vós: a vossa reflexão.
Diz esse meu amigo que promete acabar com estas questões metafísicas, que apenas surgem após períodos de stress. No meu caso, acho que estas questões metafísicas são a essência do meu blog… Que chatice pensarão alguns? Para outros, contudo, permite-lhes parar e pensar. Mesmo se forem poucos a parar e reflectir, já fico contente com o efeito. Aos outros, bom aos outros, não venham aqui ao blog ou, se vierem, claramente este blog não se dirige ao segmento que caracterizam. Um dia pode ser que parem, isto se insistirem visitar o meu blog.
Fiquem bem.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Choro quando me emociono

Esta semana ouvi o seguinte:
Choro quando me emociono
As tristezas constroem-nos

Duas afirmações com as quais me identifico.
Mais tarde venho aqui escrever mais acerca destas afirmações.
Para já, deixo-vos a pensar nas mesmas.
Fiquem bem.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Desilusão

Em termos profissionais sabemos que é no fim que se define o título. Comigo isso nem sempre acontece sobretudo aqui no meu blog pessoal.
Abri "nova mensagem" e cá vai de imediato o título: Desilusão. Não sei se é este título que vai ficar, mas o que é certo é que o que me motivou a abrir uma nova mensagem hoje aqui foi mesmo esta palavrinha. Não queria ser negativa, sobretudo numa semana que até começou positiva, sobretudo para o meu ego, e ao mesmo tempo com o peso de responsabilidade.
Quando alguém nos considera importante na sua vida, quer a origem esteja num vínculo familiar, quer a origem esteja na amizade, isto transporta-nos para o patamar da admiração que sentimos, para o orgulho que temos em conhecer a pessoa e nos relacionarmos com ela. Mas isto é difícil de se manter. Quem recebe o elogios, como eu recebi, tem uma dualidade de sentimentos: sorrir (reconheço, sentimo-nos bem, com a auto-estima em alta) e ao mesmo tempo a sensação de "e agora? como vamos manter essa noção que a pessoa tem de nós?". Mantermo-nos iguais a nós próprios, até porque essas pessoas chegaram a essa conclusão sem que nós tenhamos "preparado" comportamentos, mas sim agindo espontaneamente.
Ao mesmo tempo assaltam-me desilusões que tive com diversas pessoas. E se eu também "cometer" esse "erro" com as pessoas que ontem estavam a tecer elogios?
É o risco. É a vida. É o que nos motiva andar por aqui. É viver. É o desafio. É o processo de crescimento que todos nós temos.
Não sei se eu escrevi aqui em mensagens anteriores sobre o significado que tem para mim a desilusão. Para mim é o sentimento mais doloroso que posso sentir em relação a um pessoa. Quando entro nesse processo, eu recolho-me, fico no meu espaço, já magoada é certo. Depois? Depois é o processo de reconstrução, nunca com o intuito de ser como era antes (isso na minha opinião não acontece), mas sim diferente. O processo de reconstrução é para mim um processo de ajustes à nova realidade, um processo de adaptação (confesso também aqui que sofro de saudosismos e não fosse eu caranguejo, mas tento limitá-los, para dar hipótese a novas coisas surgirem).
Acabo esta mensagem com um abraço aos meus amigos (eles sabem quem são). Atenção: amigOs mas também amigAs. :)
Hoje o dia começou com chuva e uma amiga faz anos. Por isso, dia chuvoso dia abençoado; para a minha amiga desejo um dia especial. Parabéns!
Bom fim de semana pessoal!

Nota: e ficou o mesmo título...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pôr do sol na praia


Não me atrevi de deixar de colocar aqui um pôr do sol magnífico que ontem captei num lugarzinho bonito da Costa Nova. Para quem vem dos EUA, é um pôr do sol oeste.
Certo que nesta imagem o sol já se tinha posto, mas o vermelho do céu e o mar, cores lindas.
Depois de um pôr do sol da montanha, fiquem com o pôr do sol no mar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Obras

Obras lá em casa: é o que tem sido a minha vida esta semana.
Hoje acabaram FINALMENTE.
Mas agora as limpezas tomam a vez.
Preparar a massa, lixar, pintar. Dar uns retoques aqui e ali. A casa fica coberta por um manto de pó branco que se torna difícil removê-lo. Em tudo pousa o pó branco, mas mesmo tudo. E para tirar? Os pintores ainda removem o lixo maior. Mas aspirar, passar o chão a água, pôr cera, passar a swiffer e mesmo assim se vêem marcas do movimento do pano húmido da cera pelo chão todo. Até o pano absorve o pó branco.
Estou mesmo fisicamente esgotada. E confesso, até psicologicamente já que calhou numa semana em que a famelga se "baldou" toda na ajuda com outros afazeres. Mentira: com excepção do meu sobrinho Diogo que andava numa azáfama entre a minha casa-casa dos meus pais a trazer-me apoios em material.
E assim é: acabei por andar empoleirada, com a chave defendas na mão e a lixa. Ou de joelhos a tentar ver se o chão não ficava muito mal. Mas o pó teima continuar lá em casa, sobretudo nos cantinhos, uns que se vêem e outros que nós nem sequer imaginamos que existem.
Depois comecei a inventar: precisava de uma mudança. Comprei tinta e uns pós. Fiz umas misturas (a cozinha parecia um laboratório), coloquei fita isolante nas paredes e voilá. Com a luz estas listas (que se fossem de outra cor mais parecem as casas da Costa Nova) brilham. Acho que tentei colocar o sol dentro de casa. De ressalvar que só com os móveis no sítio e alguma decoração e coisa vai ficar composta (penso eu...) e equilibrada, já que as medidas que andei eu a fazer não correram bem... pelo que algumas listas ficaram tortas... :) pormenores, aliás fica rústico.

Ora espreitem as fotos. Para ver mais de perto apenas num chá lá em casa.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pôr do sol na montanha

Esta foi a foto que seleccionei destes 15 dias de férias em Agosto.
Além de ser uma imagem que me diz muito, tentei fugir à normalidade do pôr do sol das praias.
Esta foi tirada em Vouzela (17 de Agosto 2009).
Na praia, sobretudo para quem mora perto do mar, é normal ver o pôr do sol. Na montanha foi a 1ª vez que me aconteceu. Não se ouve nada. Simplesmente nós, a brisa, o pôr do sol, a vegetação e alguns animais, como os grilos, que fazem questão de marcar a sua presença com o som característico deles.
Acho que também nunca me senti tão em silêncio.
Nós vivemos rodeados de sons e na maioria das vezes nem damos conta que eles existem. Apenas nos apercebemos disso quando nos deparamos com silêncio absoluto.

Resta-me desejar-vos bom regresso às lides quotidianas.
Boas energias.

Nota: não resisto em deixar-vos igualmente com uma flor que me deparei num cacto de vaso lá no quintal de casa. Parecia-me inicialmente algo de plástico. Mas depois, a ir lá com a mão (naturalmente... nós só vemos apalpando) é que me apercebi que era real: uma flor de um cacto. Bonita. Suspeita. Forte. Camuflada.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CR no campo


A pedido de muitas "famílias", cá está: eu nas minhas plenas funções profissionais - tirar fotos de aplicação do produto para várias peças de comunicação, debaixo de 40 graus, no meio do tomatal. Os profissionais de Marketing, os verdadeiros profissionais de Marketing sofrem!
:)
Estas imagens vêm no seguimento do artigo anterior.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vida


Mais uma saída profissional que se revelou numa grande aprendizagem.
Ontem fui para o Ribatejo (Santarém) fotografar a aplicação de um produto especícifico no tomatal.
O que é que eu aprendi?
Aprendi tanta coisa...
Aprendi como ter melâncias sem sementes
aprendi como ter pimentos, verdes, vermelhos a amarelos
aprendi que o javali pode criar-se em casa
aprendi que o veado é uma carne muito apreciada (não sabia que se comia... animais tão belos...eu apenas quero provar javali mas acho que não há meio...)
aprendi o que é melão de 1ª, 2ª e 3ª colheita (o de 1ª é melhor)
aprendi distinguir a melância de casca verde clara (raiada) e escura (a escura é melhor/mais doce)
fiquei chocada que debaixo de 40 graus o pessoal anda a colher pimentos
aprendi que o tomate que eles semeiam é para a MacDonald's e afins (nos molhos, vão para as indústrias transformadoras) e que estes não são bons para comer
aprendi que as amoras silvestres ñ se podem comer por causa dos químicos que são pulverizados por avião
aprendi que o ribatejo já faz agricultura quase ano inteiro
aprendi que nós consumidores somos uns tansos, deveríamos escolher SEMPRE o que é nosso
aprendi que a beringela que eles cultivam vai quase toda para França, nós aqui ñ temos hábito de alimentação da beringela
aprendi que a corgete deve colher-se bebé (já sabia)
aprendi que ali também fazem cultura de cenoura
informaram-me que a batata lá está a 3 cêntimos o kilo, ai tristeza... e como eles pagam àquele pessoal todo que anda na colheita (umas coisas dão para outras...)
aprendi que vão agora começar a colher uva de mesa
aprendi que os "espertos" compram a Espanha frutas e legumes mais baratos e fazem com que os carregamentos cheguem mesmo no momento da nossa colheita para obrigar os nossos produtor a baixar o preço, mesmo sabendo que o produto é melhor já que aqui os nossos vizinhos não tem limites por exemplo na utilização de químicos na agricultura...
aprendi que é uma vida desgastante ser agricultor...
Senti-me mal de facto estar ali a trazer umas melâncias e melões à pato, sabendo do desgaste daquelas pessoas todas... Mas é engraçado a quantidade de produto que vai fora, porque não está calibrado, porque não está bonito, porque é pisado pelo tractor, porque o consumidor já não compra, porque... porque...
Muitas destas coisas são culpa nossa, de todos nós...
Sabiam por exemplo que no Continente é doloroso quase procurar fruta que é nossa? Porquê? Porque eles não a compram, porque os consumidores que vão ao Continente só querem o que é barato e isso significa importá-la na sua maioria de Espanha.
Depois nós aqui não criamos postos de trabalho, não criamos riqueza... cada vez mais estamos dependentes do exterior.
Pensem nisso nestas férias! E quando fizerem as vossas compras, certifiquem-se se o produto é de fabrico nacional.
Obrigada! Obrigada por ti, por mim, por todos nós.
Façamos deste Portugal um bom sítio para viver.
Boas férias!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

30 e 31 de Julho 2009


Dias esgotantes mesmo... Aliás toda a semana foi de doidos, que culminou em 2 dias cansativos.

De facto, os bastidores organizativos são tramados quando temos que lidar com muitos pormenores e muitas coisas ao mesmo tempo, para bem receber, sem que nada falhe ou que se falhar a falha não seja visível ao cliente.

Andei num roda viva e sempre com a máquina a clicar: reportagem fotográfica.

Mas ainda houve alguém que me "apanhou" num dos pequenos momento de paragem, sentada a tomar um garoto clarinho... :) e mesmo assim as mãos tremiam quando estava a tirar fotografias: café (pouco) para me manter acordada, alerta, mas por outro com a tensão a subir, influenciando a clareza das fotos.

Já passou. Agora balanço e cumprir com o planeamento de umas semanas a priorizar apenas este evento.

Vá fiquem com as fotos. Espreitem no blog da empresa, lá encontrarão uma apresentação do evento, dentro em breve. Sim, porque há muita coisa a fazer...

São os pequenos gestos que marcam a diferença...


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Borboleta


Beleza na simplicidade...
Liberdade na fragilidade...

São de facto bichos bonitos. Dá vontade de tocar, sobretudo para quem tem os sentidos nas mãos :) mas o melhor mesmo é vê-las a rodopiarem de flor em flor. Pousam na flor com as suas patas frágeis, fazem uma espécie de ritual interagindo com a flor e depois levantam voo e seguem para outra investida.
Vê-las ali a fazer este trajecto vezes sem conta, com a paciência de quem está a espionar uma vida privada com uma máquina na mão, é de nos deixar anestesiados mesmo.
Mas passa uma criança a correr e espanta toda esta bicharada beija flores.
De volta à realidade fica só o clic da máquina que regista o momento.
Apanhei 2 qualidades diferentes, se calhar não as mais bonitas do mundo mas igualmente belas pela simplicidade. Eu gostei do momento: 12 de Julho em São Pedro do Sul. Bonito mesmo. Um belo presente de aniversário.

Fica aqui um exemplar convosco.

terça-feira, 7 de julho de 2009

36

Amanhã faço anitos!
36
8 de Julho de 1973
Signo: caranguejo
Amanhã começa o meu percurso em direcção aos 37 anos. Ai!
Não me sinto com 36 anos.
Isso é bom?
Não sei de facto.
Apenas sei que o tempo passa muito rápido.
Quando andamos a estudar, a nossa vontade é começar a trabalhar para não estarmos sujeitos à época de exames.
Enganamo-nos. Chegamos ao mundo do trabalho e somos todos os dias examinados por terceiros, avaliados pelos superiores, criticados pelo público e até amigos (ou os que se dizem amigos).
Quando eu tinha 18 anos pensava no ano 2000 como algo distante. Hoje estamos em 2009 e já passei a fasquia dos 30.
Até onde conseguimos ir?
O que será a minha vida? Um filme? :)
É o mistérios que nos mantém por cá.
A todo o meu circulo de amigos continuem a meu lado, até... sei lá... os 100 anos?
Parabéns a vós! Ok, também por me aturarem ;)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Em foto-reportagem

Dia 29 de Junho de manhã, 10h30 sensivelmente, um grupo de crianças que se tinham conhecido em 5 minutos e nos minutos seguintes transformaram-se nos maiores amigos de sempre.
A água, as cores, o sol, as diversas brincadeiras de jardim pautaram as 2h de reportagem fotográfica.


Eu fiquei com dores de cabeça.
Estava mais preocupada com as crianças, com as filmagens, com as fotografias. Esqueci-me de pôr um chapéu e protector solar.
Ainda não vi as filmagens, mas as fotos penso que ficaram muito bem.
No início, a criançada estava um pouco inibida, mas quando as mangueiras se encheram de água, os acessórios rodaram no sentido de abertura, a temperatura subia e os brinquedos pareciam personificados, com vontade própria, deu-se lugar à descontracção e a muitas gargalhadas.
O clic das máquinas, sobretudo de fotografia, não parava.
No fim de 2h já existiam imagens suficientes, mas a criançada não queria mais parar com a brincadeira.
O jardim voltou ao seu estado original.
Agora há que saber utilizar, de forma controlada, as imagens.
Aos intervenientes que cederam "emprestar" a imagem, muito obrigada, mais pessoal do que profissional.
Da minha parte a garantia de uso moderado e ponderado.
As crianças, os filhos, são de facto uma benção. Um mote para o próximo post.
Boa semana.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Romã

Tirei por um acaso estas imagens.
Mais uma saída profissional que tive que fazer para reportagem fotográfica de aplicação dos produtos. Contudo, sempre que vejo uma romãzeira paro e contemplo.
Para mim esta árvore tem este efeito.
São bonitas.
E a flor mais ainda.
Ora vejam:

Deliciada(o) com a beleza?
Provavelmente a foto não diz o que eu sinto. Não consigo explicar.
Tenho uma arranca já a crescer num vaso e está linda. Qui ça um dia para o meu próprio quintal. :)
Reparem no centro da flor: a quantidade enorme de pontos que se vão transformar nos grãos da romã que nós comemos. E a cor? o laranja que contrasta com o verde das folhas, transmite vida... Também gosto do fruto, mas confesso que me custa abrir uma romã e comê-la. Isto porque tal como a flor que está cheia de recônditos, os grãos comestíveis também se escondem numa película amarga, como que a defenderem-se dos predadores.
E é um fruto benéfico para a saúde.
Quando olho para esta árvore, lembro-me de uma amiga minha (agora mais grega do que portuguesa) contar-me que este fruto na Grécia é tido como algo místico: deixam secar as romãs e no fim do ano lançam-nas ao chão. Quando abrem, a quantidade de grãos que se soltam da romã é sinónimo da sorte que terão no ano que se anuncia.
Espero que numa próxima oportunidade, quando passarem por uma romãzeira pensem pelo menos na beleza da árvore e do fruto. Parem e apreciem. Segundos que dão de vocês à natureza.

Bom fim de semana.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Prémio


Em http://www.heliflex.blogspot.com/ poderão ver do que se trata.

De qualquer forma, cá vai uma dica:

A Direcção do IPAM (Instituto Português de Administração de Marketing) distinguiu a Heliflex com o prémio Business. O IPAM reconheceu o trabalho da Heliflex no domínio do Marketing e da Gestão, prémio entregue no passado dia 4 de Junho'09 na Gala dos XXV anos do IPAM. Este prémio resultou da análise feita ao longo dos 25 anos de existência do IPAM, que chamou ao palco do Teatro Aveirense (Aveiro) a Heliflex como uma empresa de referência seja na gestão, na colaboração/parceria com o IPAM, seja no desenvolvimento da área de conhecimento desta instituição (o Marketing).

Eu fui receber o prémio em nome da Administração da Heliflex.

Sei que na foto não pareço eu, mas sou... :)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Costa Alentejana


De 10 a 14 de Junho'09 Portugal parou. 5 dias de descanso para a maioria, apenas com 1 dia de férias. Bem hajam os feriados!

Eu fui até à costa alentejana. Muito bom mesmo. Qual Algarve qual quê. O litoral do Alentejo ainda não está adulterado turisticamente, pelo que vamos lá encontrar praias fabulosas. É certo que a temperatura do mar não se compara ao Algarve, mas valerá a pena descer mais ainda só por causa da água?!

No Alentejo vamos encontrar ainda a natureza em estado bruto, paisagens lindas, comida óptima e poucas infra-estruturas de zonas que estão cansadas de receber turistas. Ali não, vivendo o verdadeiro alentejano (que algumas vezes custa reconheço, mas típico) as praias andam ao sabor de quem ainda não se mostrou ao mundo e ainda bem. Parece uma contradição, mas no fim o sabor que fica é agradável.

Bom, mas explicando um pouco as fotos que vos deixo aqui.

Estive em Vila Nova de Milfontes, praia das furnas, praia de Alteirinhos (fabulosa mesmo), Zambujeira do Mar, Cabo Sardão. Vimos a Ilha do Pessegueiro (da música do Rui Veloso) e o forte; praia de São Torpes (aqui de facto a água até pode ser mais quente, mas tal como disse a um "local" que nos quis surpreender, a água fica quente por causa da central eléctrica e dos petroleiros na costa à espera de entrar em Sines :) ); Porto Covo.

Vi muitas cegonhas, as planícies alentejanas :) mais montes do que planícies; o famoso chaparro e o alentejano a descansar debaixo dele, o cavalo lusitano (porque nasceu e vive no alentejo :) ). Comi as migas alentejanas com os coentros e muito peixinho fresquinho.

Ah! E provei a famosa feijoada de feijão branco e búzios. Bom!

Aconselho: vão para fora cá dentro, mas aventurem-se a outras paragens que não só as turisticamente divulgadas.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Poema


Hoje apenas partilhar convosco um poema que reencontrei ontem:

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houver
Bago de arroz grão de areia semente de linho
Suspiro de pássaro pedra de sal
Som de regato
A coisa mais pequena do mundo
A sombra do meu nome
O peso do meu coração na tua pele

Rosa Lobato de Faria

Simples e espontâneo.
Foi assim.
É assim este poema.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cerejas


É fabulosa a paisagem.
Ontem estive em Armamar, Régua. Fui de viagem de campo, para Portugal profundo e acreditem mesmo profundo. Eu que dizia que não enjoava, ontem aconteceu: curva contra curva, durante 2h, com um pouco de velocidade já que estavamos atrasados para almoçar com um cliente... na certa... dores de cabeça e o enjoo... Experimentem e vão ver. Para safar, a temperatura até estava amena, porque se tivesse o sol tórrido do dia anterior... ai doía mais ainda esta aventura. :)
Bom, mas destaque para as cerejeiras.
Se é bonito vê-las em flor, mais bonito é ver o verde das folhas, com o vermelho do fruto e o azul do céu. Fabulosa paisagem: as cerejeiras com fruto, uma quantidade impressionante. Dá vontade de as comer todas :)
Vão ao Olhares e vejam outra foto das cerejeiras.
É só clicar.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vazio na política


As eleições para as europeias aproximam-se; já no próximo Domingo é dia de votos. Ainda bem... finalmente acaba esta "palhaçada".
Ontem (domingo) quando cheguei a casa depois de um dia esgotante (o meu sobrinho Manuel fez a sua promessa nos escuteiros) até me apetecia ver um filme, pois apanhei com aquela série de discursos de uma série de partidos que eu nem sei quantos são, sei que são muitos, para ocupar 1h de televisão em todos os canais abertos.
Será sinónimo do desemprego esta série de partidos? O pessoal não tem trabalho e dedica-se à política para ver se ganha algum... enfim... uns em feiras, outros em salas mais fechadas, outros em bairros...impressionante... em época de eleições os políticos saem à rua e vão ter com o "povo"... pelo menos isto uma vez nas suas vidas... imagino as longas histórias que eles próprios contam destas romarias, com ar de gozo da situação, apenas em nome de arrancar mais um voto, que é isso que importa, tudo o resto é esquecido...
O que mais preocupa é o vazio polítco em que eu me encontro e muitas pessoas à minha volta.
A solução é votar em branco ou nem sequer votar.
Não há oposição e se a há, ela apenas existe para se colar ao que já existe. Vejo uma série de pessoas que estão na política para obterem mais um rendimento. Não o fazem em nome do bem comum, em nome da evolução comum, de um país. Fazem-no de uma forma vazia, sem crédito. Deixaram de existir os líderes carismáticos, credíveis. Todos os políticos estão metidos em "negócios" pouco claros, fazendo questão de instalar a dúvida para que os factos reais acabem por não se apurarem. E só quem se safa é quem tem um amigo ou lobby no governo; só assim se alcançam fundos, se conseguem obter rendimentos. Os ricos continuam mais ricos (e nem sequer querem ouvir falar em congelar os seus salários e/ou prémios) e os pobres cada vez mais pobres. Ainda se fala na corrupção que existe em Angola. E aqui? Se calhar não assim tão aberta ou declarada, mas existe.
Este ano, falo particularmente e em nome dos que se encontram à minha volta que já manifestaram as suas opiniões, ano de eleições eu só tenho 2 alternativas: não ir votar ou ao ir, cumprir com a minha obrigação e uma conquista que conseguimos, votar em branco. Parece uma contradição e eu que fui sempre aversa a este tipo de comportamento, já que se queremos opinar, temos mesmo que participar e participar, neste caso, é votar. Mas para quê? Não vale a pena... nada vai mudar. Agora, pode ser que as abstenções e os votos em branco possam declaradamente dizer a todos os políticos portugueses que eles próprios precisam de ser reinventados, precisam de analisar as suas atitudes e começar a lutar por princípios de igualdade e bem comum.
Só as autárquicas é que se poderão "safar", porque aqui vota-se mais na pessoa do que propriamente na cor política.
E é assim que vai a política no nosso país.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pegadas na Areia


Este fim de semana comecei e acabei de ler o livro que retrata a verdadeira origem do poema Pegadas na Areia.
É muito conhecido este poema, mas para aqueles que julgam ainda não o terem lido, cá vai:

Uma noite eu tive um sonho.
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e, através do céu,
passavam-se cenas da minha vida.
Para cada cena que se passava, percebi que eram deixados dois pares
de pegadas na areia; um era meu e o outro, do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás,
para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes,
no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e
angustiosos do meu viver. Isso entristeceu-me deveras e perguntei,
então, ao Senhor: "Senhor, Tu disseste-me que, uma vez que eu
resolvera te seguir, tu andarias sempre comigo em todo o caminho,
mais notei que, durante as maiores tribulações do meu viver, havia na areia
dos caminhos da vida apenas um par de pegadas. Não compreendo
porque, nas horas em que mais necessitava de ti, Tu me deixaste".
O Senhor respondeu-me:
"Meu precioso filho. Eu amo-te e jamais te deixaria nas horas da tua
prova e do teu sofrimento: Quando viste na areia apenas um par de
pegadas, foi exactamente aí que Eu te carreguei nos braços".

Confesso que este livro foi comprado para oferecer a uma amiga no aniversário (atrasado é um facto...). De qualquer forma, chamou-me atenção a forma como o livro se apresentava (uma fita dourada que fechava o livro, presa com 2 estrelas. Depois li "a verdadeira história do poema Pegadas na Areia". De facto eu já conhecia o poema, ou melhor, agora posso dizer, uma versão do peoma, porque o poema original está acima transcrito.
Comecei a ler e não consegui largar o livro até ao fim.
Emocionante.
Descobri que a autora original é canadiana e se chama Margaret Fishback Powers. Descobri igualmente que o poema não é fruto apenas da criatividade, mas foi mais resultado de uma experiência bem real da autora.
O livro acaba por ser uma síntese do Evangelho e nem todas as pessoas admitem ler este tipo de literatura.
Contudo, eu que sou a chamada "católica não praticante" (conceito que não sei o que quer dizer, mas que eu quero dizer que acredito em algo maior, que fui baptizada e sou de facto católica, mas que as idas à igreja não são sistemáticas, que não sou catequista e que às vezes sou crítica em relação a algumas atitudes da igreja, sobretudo do clero que teima ser como a avestruz e meter a cabeça na areia só para não ver...). Bom, mas voltando ao livro. Eu que sou católica mas um pouco afastada das práticas regulares das "idas à missa", ler o livro foi reconfortante; deixou-me pensativa com a mensagem intrínseca. Digamos que nos dá força.
Acabei por chegar à conclusão que vou ficar com o livro (que vai andar de mão em mão pela família e até amigos) com a intenção de o ter à mão para o ler, para o ler quando estou mais em baixo, para o ler para me alertar sobre o significado da vida. E vou comprar um exemplar para a minha amiga aniversariante, que afinal foi o mote desta compra. Espero que ela goste tanto dele como eu.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Forças de reacção


"Se não estás comigo, estás contra mim": algo que senti muito próximo nestes últimos dias.
Na minha vida, quer pessoal, quer profissional, até prova em contrário não sou levada por aquilo que me dizem (de uma forma mais banal: não incho pelos ouvidos), ou pelo menos tento.
Ontem senti-me "olhada", "observada" e se quisermos até mesmo "discriminada", digamos que um elemento estranho. E de facto sou. Não me revejo no tipo de comportamento do "deita abaixo" só porque "se não estás comigo, estás contra mim" e nesse sentido até se atacam as competências das pessoas, no caso até mais as profissionais do que as pessoais.
Às vezes, são por estas e por outras que dizemos que não vale a pena: não vale a pena tentarmos, esforçarmo-nos, dedicarmo-nos em nome daquilo em que acreditamos ser o mais correcto. Mas, não conseguimos voltar as costas, temos que arranjar ânimo para continuar a lutar. E é esse dinamismo que vejo em algumas pessoas, em boas pessoas que tentam e que acabam por ser referências num ambiente do "deita abaixo", em que outras pessoas não dão um "intervalo" de defesa ou, mais grave ainda, não dão uma oportunidade de escutarem, de espírito aberto sem preconceitos.
Todos temos "responsabilidade social" no sentido de melhorar a sociedade em que vivemos.
Tarefa difícil esta, não é?!
Eu assim o considero. Esgotante até. Por isso, eu tento não baixar os braços e tomar muitas doses da "vacina da paciência" como no outro dia alguém me dizia. :)
Embora reconheça que de facto, pela minha espontaniedade na reacção, sou muitas vezes agressiva e, contra o protocolo social se quisermos, desmacaro "jogos" comportamentais.
Se conseguir claro, continuarei a lutar pela minha responsabilidade social, por aquilo em que acredito ser o melhor.
Parabéns e força para os que continuam a lutar.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Barcelona


Aproveitando a feira, ainda tive oportunidade para conhecer um pouco de Barcelona.

Ficam aí algumas fotos. Se clicarem em cima da imagem, ela aumenta, vendo-se melhor.

Numa primeira impressão, foi para mim um impacto mais para o negativo do que para o positivo. Passo a explicar. Cheguei atrasadíssima, devido à greve dos pilotos. Se o voo inicialmente era às 7h da manhã, passou para as 12h para Lisboa e depois 14h30 para Barcelona. Que chatice! Com toda esta carga de pessimismo e ainda ter que ir acabar a montagem do stand, chegámos e encarámos uma fila interminável de automóveis. Barcelona não dorme, não tem horas de descanso e muito menos no trânsito, sempre é hora de ponta. As cirenes da polícia e ambulância estão um pouco descontroladas, já que independentemente da hora, elas tocam de forma ensurdecedora. É uma cidade esburacada pelo metro, pelo que quando estamos a dormir ou mesmo na passadeira sentimos o piso a tremer, quando o metro passa. Para não falar do nível de poluição e na procura quase incansável de um restaurante que não se fume.

Digamos que esta é a versão do dia a dia, da parte da cidade em constante trabalho.

Agora quando nos viramos para a parte turística, de facto Barcelona tem muitas cartas a dar.

Desde a Catedral da Gran Via 1, o Parc Guell de Gaudi (lindo! um momento de inspiração romântico de Gaudi, que resultou em obras lindíssimas), as ramblas que convergem no Porto de Barcelona, a Sagrada Família também ela de Gaudi (s0berba, enorme, mas em restauração constante), a Zona do Estádio Olímpico, o teatro, a Praça de touros, etc... Há muita coisa para ver e se fazer por lá. Tempo é que não foi muito para o lazer.

Outra coisa curiosa: como cidade grande, podemos encontrar na mesma e ao mesmo tempo as 4 estações. Não tanto as 4, mas pelo menos 2: de um lado sol de Verão, do outro trovoada e chuva do Inverno.
Fica a referência, para quem sabe uma próxima visita com mais calma.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A minha primeira internacionalização


A minha primeira internacionalização do princípio ao fim de uma feira, no âmbito profissional.
Foi boa a experiência, mas o comum dos mortais não imagina o quão cansativo isto se torna, sobretudo quando se trata de uma feira muy larga.
Agora tempo de fazer contas: investimento vs retorno.
O que é certo é que o mercado de Espanha está muito parado.
Gostei, em resumo, apesar do cansaço. Venham outras!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Voltar a ser criança


Hoje quero partilhar convosco um artigo que me colocou pensativa e um sorriso leve na cara.
Ora vejam:
(de referir que vou retirar algumas partes do artigo que não interessam para este blog)

Quer ser DEUS por um dia?
Por: José Almeida (Partner - Ideias e Desafios)
Ainda ontem estive a rever o filme “Bruce Almighty” (acho que a tradução para Português se ficou por “Bruce Todo-Poderoso”). Basicamente, é um filme em que o Jim Carrey assume o papel de “Deus”, dado que este último precisa de ir de férias.
E podem imaginar a quantidade de confusões que este apronta com todos os seus poderes. O problema é que quando tenta corrigir algumas das “falhas” do mundo, acaba por estragar áreas que estavam bem e vice-versa.Toda esta temática faz-me lembrar as empresas, as famílias, os grupos de amigos e os sistemas de aprovação que existem no seu meio.Já sentiu na pele o seguinte:“Quando agradamos a uns não agradamos a outros”?De facto, quando nos damos com um grupo, o outro acaba por nos pôr de parte. Se temos sucesso com um projecto, geramos a inveja de meio mundo. Claro que todos nós, mais cedo ou mais tarde, passamos por este problema. Seja no emprego. Seja no nosso grupo de amigos. Seja na nossa família. Acaba por ser um tema recorrente.
A temática que aqui se verifica prende-se com a vertente do factor “Aprovação Externa”. Também designado por “Síndroma do Cachorrinho”. Quando fazemos algo de bem, muitas vezes temos tendência para voltar as costas e ficar à espera de que alguém nos passe a mão pelo pêlo e nos diga:“Fizeste um trabalho espectacular, parabéns.” Mas estará a pensar e muito bem: será isto prejudicial? Lamento informá-lo(a), mas no domínio do nosso sucesso e da nossa evolução pode ser uma das coisas mais nefastas que temos de enfrentar. Se, por um lado, é bom termos o “feedback” das pessoas mais próximas e das nossas chefias, quando caímos em exageros torna-se uma doença muito complicada de suportar. De tal maneira que as pessoas que sofrem dela acabam invariavelmente por desenvolver uma incapacidade para tomar decisões e avançar em situações adversas sem a certeza de virem a ter a “aprovação” de quem está à volta.
Ora o sucesso muitas vezes advém de irmos contra a corrente. Na empresa, na família e até com os nossos amigos. Se passamos a vida à espera ou com medo de perder a aprovação dos outros, acaba por ser uma vida vivida a meias. Para ter sucesso há que ir contra a corrente e muitas vezes desbravar territórios onde todos dizem que não existe ouro. Pessoalmente, tenho uma regra quando penso num novo projecto. Guardo-o para mim até estar pronto para lhe dar início. Normalmente, quando uma pessoa quer fazer um projecto que lhe dá prazer, o que é que faz?Tem uma ideia e corre a procurar o parente ou amigo mais crítico que tem para lha contar. E normalmente qual é a reacção deste? “Vais fazer isso...?” Muitos projectos de sucesso têm ficado na gaveta, porque as pessoas dão ouvidos a quem está à volta. Mesmo as pessoas mais próximas de nós muitas vezes não entendem. Por isso, se tiver de procurar validação, procure-a em si.
Volte a ser criança e brinque ao “faz de conta”. Feche os olhos e imagine que já conseguiu montar o seu projecto de sonho. Analise o que vê. O que sente. O que ouve. Quem está à sua volta. Invista algum tempo a jogar com tudo isso na sua mente. E agora analise como se sente em relação a isso. Como o seu corpo reage. Quais os sentimentos que surgem. Como se sente face a tudo isso?
É que o nosso corpo diz-nos muitas coisas através da manifestação física da nossa intuição. Esta semana pare para pensar novamente em todos os sonhos ou projectos que colocou na gaveta por causa da não aprovação dos outros. Volte a brincar com eles na sua imaginação. Faça o processo que descrevemos acima e vai ver que é capaz de ficar surpreendido face aos resultados.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vale a pena ter saudades!

As coisas boas fazem-se esperar.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Falar dos outros

Falar dos outros é feio, mesmo feio de facto.
Mas quando somos puxados a colocar um rótulo na testa de uma pessoa, por preconceito, por n razões que não estão aqui a ser discutidas, deverá ser um processo cuidadoso.
Tomo sempre, ou vá lá quase sempre, este processo de forma muito intuitiva, prefiro que cheguem livremente à mesma conclusão/opinião que eu tenho de uma determinada pessoa, ao tal rótulo que lhe ponho nem que seja mentalmente. Isto para não criar tendencialismos, ou influênciar.
Ficamos com um sorrisinho na cara quando esse rótulo que nós colocamos se confirma na realidade e a vontade é dizer "eu bem sabia", "eu tinha razão", ou ainda "bem vinda(o) ao mundo real".
É, existem diferenças mesmo entre pessoas agressivas: há as que não olham a meios para atingir os fins, colocando em causa o trabalho de equipa; e depois há as que, mesmo tendo atitudes agressivas, têm ou reconhece-se nelas humildade quando erram.
E é desta salada de fruta em figuras humanas que nós nos temos que orientar...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Surpresa

Às vezes as pessoas surpreendem-nos pela positiva. Julgamos nós, por preconceito talvez, que as pessoas reagem de determinada forma a determinados assuntos, vamos preparados para essa reacção, mas depois somos supreendidos, digamos que "apanhados na curva" e toda a "armadura" de que nos fomos protegendo é rapidamente desfeita.
Acaba por ser bom. São surpresas agradáveis. Sentimo-nos reconfortados. Voltamos a acreditar!

quarta-feira, 18 de março de 2009

É bom ter-se medo!

É bom ter-se medo. É sinal que temos algo a perder.
E mesmo com medo é melhor "ter" alguém a nosso lado, mesmo no silêncio, do que estar só.
Todos os dias tenho medo.
É bom ter-se medo.
Valorizamos aquilo que temos.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aparências . Transparências


É destes meandros que a nossa vida se faz.
Julgamos nós que os outros não vivem só de aparências, mas de facto o que mais se vê são as aparências. Ser transparente não fica bem, não é correcto. Ser transparente para o mundo e dizer alto o que sentimos, o que nós somos, em que acreditamos, expormos os nossos medos, não, isso não é correcto. O mundo está nas aparências, é melhor, mais fácil, não levanta tantas dúvidas, nem sequer a pergunta do "e tu estás bem?".
"Aparentemente é isto". Não, o que se afirma é apenas "é isto", o aparentemente fica-se ao acaso, mas de facto opina-se no que é aparentemente, porque dá trabalho procurar as transparências.
É assim que é a nossa vida.
E nós ou nos encaixamos nisto, ou nos encaixamos nisto. Não há alternativa.
Vivamos as aparências, convencidos que estamos a ser transparentes connosco próprios.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Privilegiam-se os que erram

De facto o mundo está para os que erram, os que são corruptos, os que se servem de lacunas do sistema, beneficiando com elas.
Chama-se Marketing pessoal? Eu prefiro não acreditar nisso, sim porque os profissionais de marketing regem-se por condutas éticas. Mas o que é certo é que estas pessoas saem sempre impunes das situações e ainda recebem uma salva de palmas, como se fizessem algum acto heróico.
E os outros? Os outros, ai os outros... Os outros ficam-se pelo seu dia a dia, a fazer aquilo que julgam ser para o bem da humanidade, dentro de balizas de valores, princípios e acabam esquecidos, ignorados e até desprezados, porque "nada fizeram" aos olhos dos dirigentes, da sociedade, sobretudo de quem supostamente manda.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Sempre a abrir


Crise? Qual crise? Pelo menos na quantidade de trabalho não há crise. O abrandamento é necessário, mas as exigências do mercado são mais fortes e levam-nos a andar sempre a correr.
Engraçado, parece um contracenso: em tempos de crise, a azáfama é maior, a quantidade de trabalho duplica, provavelmente é o stress de encontrar soluções à crise, a fuga para a frente.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Velho Índio


Um velho índio descreveu certa vez os seus conflitos internos.
"Dentro de mim existem dois cachorros, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dócil. Eles estão sempre a brigar".
Quando lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, reflectiu e respondeu:
"Aquele que eu alimentar"
Nós alimentamos, em cada momento, em cada situação distinta, o cachorro que melhor se adapta. Algumas/Muitas vezes a escolha recai erradamente, nós envolvemo-nos, irritamo-nos, enervamo-nos e no fim o que acontece? Quem fica mal somos nós, quem fica desgastado somos nós, porque nada é resolvido.
Temos que ser sábios, como o velho índio. Tentarmos em cada situação reagir com calma e só atacar, com diplomacia claro está, quando convém, quando os resultados se conhecerem em prejuízo do que foi definido.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Bola de neve . Focus


E quase que passava o resto do mês de Fevereiro sem escrever algo no meu blog.
Hoje pediram-me para manter o meu blog sempre actualizado. É o que nos é exigido, um sem número de tarefas, sempre num patamar superior de exigência e quem perder o próximo comboio a ligação fica difícil, os elos quase se desfazem e a actualização é mais complicada, sobretudo para quem quer estar sempre a par dos que vão na linha da frente. É tramada esta dinâmica, esta bola de neve que nos envolve.
Ontem deitei-me a fazer um exercício mental: as dificuldades vs tarefas, numa espécie de check list mental, de forma a varrer o secundário e a valorizar o prioritário/importante. Focalizar dizia no outro dia não sei quem. Focus, para quem optar pelo estrangeirismo. Focus pessoal, FOCUS, sem distrações, nem manobras abrasivas que só criam obstáculos e efeitos desejáveis ou positivos nenhuns ou quase nenhuns.
Focalizar nos nossos objectivos pessoais, na nossa vida, no que realmente importa no mundo de casa e do trabalho. Em tempo de crise, focalizar - uma mensagem para os políticos também.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Agradável surpresa


Pois é, agradável surpresa de parte a parte, quer da minha face ao grupo, quer do grupo face a mim. É bom ouvir elogios, quando estes são sentidos, quando não existe qualquer tipo de pressão ou limitação a influenciar a demonstração de sentimentos.
Claro que o desejo é agradar a todos. Lembro-me que quando comecei a trabalhar era essa a minha maior preocupação. Alguns compreendem e respeitam esse período, outros tomam maior liberdade e julgam-se senhores de nós próprios, depois resulta em arrependimento, ou seja, 2 passos atrás na confiança conferida ao longo do período inicial, porque a maioria das pessoas não merece.
Pé ante pé foi assim que recomecei. Inicialmente e por precaução, o grupo sofreu da minha desconfiança, do meu afastamento, de um sublinhar de espaços. Lá vieram os trabalhos, o avançar da matéria, a cumplicidade, a envolvência, o compromisso. Tarefa cumprida? Objectivos alcançados? Poderia ter sido melhor, mas o tempo atraiçoa-nos.
E, ao fim e ao cabo, todos os dias são dias para coisas positivas.
Metodologia, objectividade, direcção e até a exigência no trabalho constante - foi a acusação que o grupo me dirigiu e muito boa acusação. O grupo reconheceu que só assim conseguiu fazer a ficha avaliativa final sem muito estudo (embora pudessem ter estudado um pouco mais).
É bom ouvir elogios!
Reconfortam.
Sobra no fim a surpresa agradável: inicialmente de pé atrás, de ambos os lados (como eles são? - pensava eu; o que é que esta "miúda" nos tem para dar? - pensavam eles). No decorrer do tempo, no agarrar os compromissos, no envolver as pessoas nos objectivos e nos métodos, no baixar as armas... resultado: agradável surpresa.
Ontem foi o fim de mais uma fase.
Espero encontrar este grupo algures. Cruzarmo-nos ao acaso. E todos bem!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

É o acaso que determina a nossa vida

Ontem comecei assim as minhas aulas de Marketing Internacional.
De facto o grupo de alunos com quem este semestre me cruzei é estimulante, receptivo a este tipo de abordagem, em todo diferente das abordagens académicas que estamos ou que estávamos (espero eu...) habituados até há uns tempos atrás.
No final, quase os convencia com os 50% vs 50%, ou seja, 50% da nossa vida fica encarregue ao acaso, como se fosse o sal da nossa vida, o inesperado e os restantes 50% à determinação, à garra que temos, à vontade que demonstramos quando nos deparamos com o acaso. :) Bonita a vida!
Pois é, acredito que muita coisa nas empresas acontecem por acaso e os visionários, os líderes, os patrões agarram ou não esse acaso e o conseguem reverter em coisas boas para a saúde das empresas. Esta é uma visão mais empresarial da afirmação, claro, porque se começámos a discutir a afirmação mais ao nível pessoal, depois tive que a trazer mais para a vida das empresas, do Marketing Internacional.
Provavelmente a divisão dos 50 vs 50 não é assim tão linear, mas 40 vs 60 ou por aí. Se formos mesmo à origem apercebemo-nos que existe sempre a mão do acaso. Mas será o acaso uma justificação cómoda para as situações que nos acontecem? (sejam elas boas ou más, ou posteriormanete transformadas em boas ou más, dependendo da garra que temos). Será porque somos um povo que gostamos de acreditar no acaso? Bem, as teorias deterministas serão mais racionais e explicam tudo ou quase tudo, pelo menos tentam. Mas será que assim a vida tem graça?
Por acaso hoje estou e ontem estive para aqui virada: filosofias! :)
Boa semana.