sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Desilusão

Em termos profissionais sabemos que é no fim que se define o título. Comigo isso nem sempre acontece sobretudo aqui no meu blog pessoal.
Abri "nova mensagem" e cá vai de imediato o título: Desilusão. Não sei se é este título que vai ficar, mas o que é certo é que o que me motivou a abrir uma nova mensagem hoje aqui foi mesmo esta palavrinha. Não queria ser negativa, sobretudo numa semana que até começou positiva, sobretudo para o meu ego, e ao mesmo tempo com o peso de responsabilidade.
Quando alguém nos considera importante na sua vida, quer a origem esteja num vínculo familiar, quer a origem esteja na amizade, isto transporta-nos para o patamar da admiração que sentimos, para o orgulho que temos em conhecer a pessoa e nos relacionarmos com ela. Mas isto é difícil de se manter. Quem recebe o elogios, como eu recebi, tem uma dualidade de sentimentos: sorrir (reconheço, sentimo-nos bem, com a auto-estima em alta) e ao mesmo tempo a sensação de "e agora? como vamos manter essa noção que a pessoa tem de nós?". Mantermo-nos iguais a nós próprios, até porque essas pessoas chegaram a essa conclusão sem que nós tenhamos "preparado" comportamentos, mas sim agindo espontaneamente.
Ao mesmo tempo assaltam-me desilusões que tive com diversas pessoas. E se eu também "cometer" esse "erro" com as pessoas que ontem estavam a tecer elogios?
É o risco. É a vida. É o que nos motiva andar por aqui. É viver. É o desafio. É o processo de crescimento que todos nós temos.
Não sei se eu escrevi aqui em mensagens anteriores sobre o significado que tem para mim a desilusão. Para mim é o sentimento mais doloroso que posso sentir em relação a um pessoa. Quando entro nesse processo, eu recolho-me, fico no meu espaço, já magoada é certo. Depois? Depois é o processo de reconstrução, nunca com o intuito de ser como era antes (isso na minha opinião não acontece), mas sim diferente. O processo de reconstrução é para mim um processo de ajustes à nova realidade, um processo de adaptação (confesso também aqui que sofro de saudosismos e não fosse eu caranguejo, mas tento limitá-los, para dar hipótese a novas coisas surgirem).
Acabo esta mensagem com um abraço aos meus amigos (eles sabem quem são). Atenção: amigOs mas também amigAs. :)
Hoje o dia começou com chuva e uma amiga faz anos. Por isso, dia chuvoso dia abençoado; para a minha amiga desejo um dia especial. Parabéns!
Bom fim de semana pessoal!

Nota: e ficou o mesmo título...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pôr do sol na praia


Não me atrevi de deixar de colocar aqui um pôr do sol magnífico que ontem captei num lugarzinho bonito da Costa Nova. Para quem vem dos EUA, é um pôr do sol oeste.
Certo que nesta imagem o sol já se tinha posto, mas o vermelho do céu e o mar, cores lindas.
Depois de um pôr do sol da montanha, fiquem com o pôr do sol no mar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Obras

Obras lá em casa: é o que tem sido a minha vida esta semana.
Hoje acabaram FINALMENTE.
Mas agora as limpezas tomam a vez.
Preparar a massa, lixar, pintar. Dar uns retoques aqui e ali. A casa fica coberta por um manto de pó branco que se torna difícil removê-lo. Em tudo pousa o pó branco, mas mesmo tudo. E para tirar? Os pintores ainda removem o lixo maior. Mas aspirar, passar o chão a água, pôr cera, passar a swiffer e mesmo assim se vêem marcas do movimento do pano húmido da cera pelo chão todo. Até o pano absorve o pó branco.
Estou mesmo fisicamente esgotada. E confesso, até psicologicamente já que calhou numa semana em que a famelga se "baldou" toda na ajuda com outros afazeres. Mentira: com excepção do meu sobrinho Diogo que andava numa azáfama entre a minha casa-casa dos meus pais a trazer-me apoios em material.
E assim é: acabei por andar empoleirada, com a chave defendas na mão e a lixa. Ou de joelhos a tentar ver se o chão não ficava muito mal. Mas o pó teima continuar lá em casa, sobretudo nos cantinhos, uns que se vêem e outros que nós nem sequer imaginamos que existem.
Depois comecei a inventar: precisava de uma mudança. Comprei tinta e uns pós. Fiz umas misturas (a cozinha parecia um laboratório), coloquei fita isolante nas paredes e voilá. Com a luz estas listas (que se fossem de outra cor mais parecem as casas da Costa Nova) brilham. Acho que tentei colocar o sol dentro de casa. De ressalvar que só com os móveis no sítio e alguma decoração e coisa vai ficar composta (penso eu...) e equilibrada, já que as medidas que andei eu a fazer não correram bem... pelo que algumas listas ficaram tortas... :) pormenores, aliás fica rústico.

Ora espreitem as fotos. Para ver mais de perto apenas num chá lá em casa.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pôr do sol na montanha

Esta foi a foto que seleccionei destes 15 dias de férias em Agosto.
Além de ser uma imagem que me diz muito, tentei fugir à normalidade do pôr do sol das praias.
Esta foi tirada em Vouzela (17 de Agosto 2009).
Na praia, sobretudo para quem mora perto do mar, é normal ver o pôr do sol. Na montanha foi a 1ª vez que me aconteceu. Não se ouve nada. Simplesmente nós, a brisa, o pôr do sol, a vegetação e alguns animais, como os grilos, que fazem questão de marcar a sua presença com o som característico deles.
Acho que também nunca me senti tão em silêncio.
Nós vivemos rodeados de sons e na maioria das vezes nem damos conta que eles existem. Apenas nos apercebemos disso quando nos deparamos com silêncio absoluto.

Resta-me desejar-vos bom regresso às lides quotidianas.
Boas energias.

Nota: não resisto em deixar-vos igualmente com uma flor que me deparei num cacto de vaso lá no quintal de casa. Parecia-me inicialmente algo de plástico. Mas depois, a ir lá com a mão (naturalmente... nós só vemos apalpando) é que me apercebi que era real: uma flor de um cacto. Bonita. Suspeita. Forte. Camuflada.