sexta-feira, 27 de novembro de 2009

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Uma nova fase, novos desafios.

Resta saber se estarei à altura dos mesmos.

Aos mais próximos darei a novidade pessoalmente.

Bom fim de semana.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Para pensar

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousamos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Pessoa, Fernando.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Roma, Itália
11 a 14 de Novembro’09


Quando chegámos reparámos que ninguém conhecia as ruas pelos nomes, mesmo os taxistas ou motoristas dos bus. Por momentos duvidámos que a reserva do hotel que fizéramos era uma burla de Internet. Mas por sorte lá conseguimos chegar ao hotel, um hotel que descobrimos ser gay friendly no próprio dia do embarque. Não pudemos colocar a ninguém qualquer rótulo ao pequeno almoço, porque afinal o mesmo poderia caber em nós: 2 mulheres num quarto com camas juntas, refira-se que não estávamos assim tão mal, já que no último dia conhecemos uns portugueses que no quarto tinham que andar de lado para se movimentarem.
1º dia: rumámos em direcção ao Coliseu e Fórum Romano. Dia excelente para um museu ao ar livre, fabuloso. Recuámos milhares de anos, época dos imperadores romanos. Fantástica obra, muito trabalho para os arqueólogos. Afinal todo este Fórum estava subterrado, sendo que as escavações, descobertas e restauros são uma constante.
Sempre a pé fomos em direcção às termas Di Caracalla (não atropeladas nas passadeiras porque não calhou, trânsito maluco de vespas e carros, o peão nada vale por estas bandas); boca de verdade, Isla Tiberina (muito interessante, no meio do rio Tevere, que passa Roma ao meio). O roteiro incluiu a passagem por quase todas as pontes de Roma, até ao Castelo de S. Ângelo; ainda lusco fusco deu para espreitar o Vaticano que ficava ali ao lado. O dia estava longo e o quarto chamava por nós: uma breve paragem no quarto (altura em que descobrimos que o pessoal tinha “saqueado” o nosso quarto e lá se foi a única coisa que ficou de fora dos aloquetes: o cachecol). Aborrecidas ainda saímos para jantar e ver à noite, com o brilho das luzes, a Fontana de Trevi (cumprimos a tradição do lançar a moeda de costas voltadas) e Plaza Colonna.
O mito dos italianos perdeu-se. Machos latinos, morenos de calças justas e sapatos bem abicados, barba semi-por fazer, com ar de mafiosos vimos poucos. As miúdas logo cedo começam a utilizar maquilhagem, um excelente mercado para as marcas das bases, pinturas e desmaquilhantes.
O 2º dia ficou reservado para palmilhar o centro – Praça de Espanha (vimos o quão pobres somos, os preços das grandes marcas eram um atentado aos turistas de pé rapado como nós). Para aumentar o choque passaram por nós polícias montados em altas bombas (aliás numa rua a fila de carros parados de alta cilindrada com o pirilampo da polícia em cima fez-nos compreender como ali a polícia é importante, depois enquadrámos este cenário - estávamos na rua onde se situava a polícia anti-máfia). Daqui fomos fazer uma passagem breve pela Villa Medici.
Os S’s que fizemos até chegar à praça Novona levou-nos ao desespero: os italianos são antipáticos; além de não saberem, não dão indicações. Neste andar aos S’s descobrimos a Câmara dos Deputados, que estava vedada à circulação, desconfiámos que Berlosconi estava nas redondezas.
Finalmente Ave César: lá encontrámos a Piazza Navona (muitos pintores e caricaturistas).
Campo dei Fiori: mercado durante o dia e o local de encontro da malta jovem à noite. No mercado, os cheiros das especiarias, misturadas com as cores dos pimentos, malaguetas, tomates e fruta transporta-nos quase para os países árabes, mas lá estávamos em Itália, as belas massas caseiras repunham o nosso sentido de orientação. Os preços das frutas eram assustadores, quase que concluímos que os italianos mal comiam fruta, até que conseguimos entrar num supermercado de bairro e ver preços mais próximos dos nossos.
Já exaustas e derrotadas pela cidade, voltámos ao repouso: julgávamos nós, já que o percurso revelou-se num autêntico desastre. Opção: autocarro para experimentarmos, num dia em que o metro por momentos encerrou (devido a um suicídio na linha). Mais parecíamos sardinhas enlatadas. O que safou tudo isto foi a viagem à pato. Chegámos finalmente ao Vaticano completamente amassadas e com as mãos a “berrarem” por água; parámos num café, pedimos 2 chocolates quentes e uma fatia de tarte com intuito de repor energias, o que acabou por também despachar mais uns euros da carteira (13 euros). Balanço positivo apenas para a lavagem das mãos, o que confirmou algo estranho que vivemos todos estes dias: a ASAE em Roma tinha trabalho para uns anitos (wc comuns a homens e mulheres, minúsculos e incipientes).
O último jantar na cidade: uma boa surpresa. Andámos à procura de algo ligeiro, mas descobrimos um restaurante próximo do hotel com um serviço excelente a preços simpáticos. Sobremesa tiramisú como só os italianos sabem fazer (aliás os próximos só mesmo em Itália).
3º dia: Vaticano, museu, filas enormes. Mesmo sabendo disso, não nos conseguimos despachar de madrugada. Chegámos e lá estava a bela da fila que circundava o muro do Vaticano. Ai! Ainda hoje lá estávamos. Não tínhamos tempo, com avião para apanhar nesse mesmo dia. Solução: agir como se nada fosse e lá estávamos nós – as primeiras da fila è espera de entrar, ninguém nos ralhou e passámos à frente de um nº considerável de pessoas.
Magnífica a capela Sistina, onde Miguel Ângelo deu o melhor da sua obra, os frescos, a ilusão do relevo, os traços, os pormenores. Fabuloso. Indescritível.
Descemos e descemos, até à origem do catolicismo: local onde São Pedro foi enterrado – o 1º Papa da Igreja católica – onde foram definidos todos os princípios do catolicismo. Em cima desta foram construídas 2 Basílicas, uma delas a actual que hoje vemos. Passámos no túmulo de João Paulo II, muito simples, emblemático, local de silêncio e oração.
Colámo-nos a uma guia que mais tarde nos expulsou do grupo, mas ainda conseguimos alguns enquadramentos do que víamos, por exemplo o símbolo de referência do catolicismo: o alfa e o ómega (o princípio e o fim, símbolo colocado nos túmulos dos Papas).
A Basílica, enorme, está dividida em várias partes, onde se desenvolviam várias missas, numa delas até um baptizado vimos (reservado é certo, mas deu para espreitar). À entrada da Basílica a água benta era sugada para pequenos frascos (será merchandising do Vaticano?) que as pessoas mergulhavam na pia (talvez para levar água benzida em Roma, pelo Papa? Não sei…). Eu apenas me atrevi e benzer e a rezar.
Mais umas caminhadas ao longo do rio, de forma a nos despedirmos da cidade. Encontrámos ao acaso uma feira de velharias e objectos em 2ª mão; entrámos, curiosidade feminina, mas as horas apertavam.
Parámos na Praça de Espanha para comermos alguma coisa e aqui por nos sentarmos 10 minutos a sandes foi mais cara 1,50.
Voltámos ao hotel para levantar as malas e fazer um último resgate ao cachecol, mas sem efeito. Nem sequer livro de reclamações tinham, pois “os clientes não reclamam, por isso não precisamos dele”, disseram-nos. Apresentam-nos uma folha em branco, que, costas voltadas, ia direitinha ao lixo. Mas no booking vamos deixar um comentário deste hotel (a Internet tem destas coisas: a velocidade da publicidade, má ou boa, é espantosa).
Na despedida e já no terminal do comboio em direcção ao aeroporto, fomos brindadas por uma visão: italiano em tronco nu, com cabelos soltos e tudo no sítio, dentro de uma casa comercial que a nós nos pareceu um solário.
Uma viagem rápida, cansativa de certa forma, mas num ritmo certo para quem quer ficar com uma visão geral da cidade. Vale a pena. Na parte velha quase tudo é museu aberto. O Vaticano de facto um mundo à parte.
Um bom destino para esta época do ano, mas sublinhe-se sem chuva.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Riscas take 2

Depois de alguma forma composta a sala, cá vai o resultado quase final.
Et voilá: a Costa Nova dentro da casa da CR :)

Aqui fica também um azulejo quase único que uma amiga minha me deu e eu resolvi emoldurar.
Isabel já há muito que não falamos, mas lembro-me sempre de ti. São gestos únicos que tivemos uma com a outra. Obrigada pelo sentido que puseste nas prendas que me deste. Espero que estejas bem. Beijinho ao filhote que deve estar grande.

Hoje estou a viver um sentimento duplo: alegria e desprendimento... Um dia explico-vos.
Vá, bom fim de semana.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Rotunda

Hoje adormeci!
Ando cansada. Não tenho dormido as minhas 8h para ficar bem.
Mas como temos que olhar para as coisas no sentido positivo, lembrei-me que para a próxima semana estarei em Itália (Roma) de FÉRIAS. Vamos apostar no descanso cultural, mais do que na correria cultural.
E vinha eu neste meu pensamento quando me deparo numa das rotundas com um cenário digno de foto. Lá voltei para trás e tirei a foto para partilhar convosco:



Em plena rotunda, saco semi-cheio de azeitonas, imagino que para serem curtidas posteriormente. É assim mesmo: rotundas, zona pública, árvores de todos nós e, nesse caso, por que não colhê-las?
Vida simples e sem stress.
Achei engraçado e fez-me sorrir.