segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Oi gente, tudo legal?!



Acabadinha de chegar do Rio de Janeiro 'uhhh la, la, la, la' :)) este era o tique da 3ª guia que apanhei, mas a melhor desta guia era 'batam-me palmas'. Das restantes guias destaca-se da 1ª 'eu tiro uma foto', 'va lá, juntem-se mais', 'ai que eu ñ estou a ver bem', 'só mais uma para assegurar que tirei'. Não só a 1ª como a 2ª guia demonstravam alguma 'angústia' relativamente a Portugal 'desculpem aí os portugueses'.
Bom, mas a viagem começou mesmo com a minha mala retida no aeroporto pelo Ministério da Agricultura do Brasil e por causa não das barritas que levei, nem da água, mas de 2 maçãs que despachei na mala, porque se as tivesse trazido na mochila de mão elas teriam-se safado às exigências da alfandega. Mas compreendo, o aspeto delas era tão apetecível que eles preferiram ficar com elas, a não ser que eu as comece ali à frente do fiscal. Com tudo isto e apesar das 4 horas de diferença horária (para menos lá) já estava a anoitecer (sendo inverno anoitece por volta das 17-18h).
O poiso foi em Copacabana (que em dialético indígena significa a porta do sol), pousadas as malas nada melhor do que depois de 10h de viagem ir esticar as pernas para o calçadão. Como tudo tem um significado no Brasil, Rio de Janeiro também tem: Janeiro porque os portugueses descobriram o Brasil em Janeiro e Rio porque quando chegaram à Baía de Guanabara pensaram que se tratava de um rio.
Pela manhã cedo do 2º dia, as visitas iniciaram-se no Forte de Copacabana de onde se avista a praia de Copagabana de um lado (com uma extensão de 4km) e as praias de Ipanema e Leblon do outro, com 3km (perfazendo os 7km das tão famosas praias do Rio de Janeiro banhadas pelo oceano atlântico com águas quentes, mesmo de inverno). O mar nesse dia estava forte, parecia o nosso mar daqui em épocas de marés vivas, com uma grande diferença quando provada a temperatura da água logo, logo as 'armas' baixam e ficamos rendidos a um passeio à beira-mar com a água a bater, mesmo que fortemente, nas pernas.
Depois chega a vez do bondinho que nos transporta 1º para o Morro da Urca e daqui para o Pão de Açúcar. Daqui avistam-se Copacabana, a praia vermelha (a areia meia avermelhada dá-lhe o nome) e o Corcovado, onde aterra a asa delta (que não tive coragem de experimentar...).
A terça-feira ficou marcada com a visita a Petrópolis (2h30 do Rio), onde se localiza a casa de campo do Imperador D. Pedro II, hoje museu (e um pouco de história, no Brasil só existiram 2 impérios, D. Pedro I e D. Pedro II, ambos visionários, mas o II com maior peso no desenvolvimento daquele país). Petrópolis caracteriza-se por ser uma zona de minério, agricultura e grandes fazendeiros. Aqui é evidente a influencia colonial. No museu fizeram-nos encerar o chão com a desculpa de que os nossos sapatos poderiam estragar o soalho e por isso calçaram-nos uma espécie de chinelos de flanela. Eu andei a fazer patinagem artística :)
A floresta da Tijuca marcou o quarto dia. Tamanha molha nesse dia, de Jeep aberto. Alturas houve em que parecia que estava num filme do Harry Potter com o nevoeiro ou o micro-clima que me envolvia.
Pena o tempo estar encoberto, porque um final de dia no Forte de Copacabana com paragem da confeitaria Colombo a petiscar seria mais envolvente a ver o pôr-do-sol. No interior deste Forte conhece-se a história do exército militar.
Quinta-feira e as férias quase a acabar... que pena mesmo... Com o sol no alto, foi o dia de visita a Angra dos Reis (a 4h do Rio) e a 3 das suas ilhas. Mais um pouco de significados: 'angra' significa baía e 'reis' porque a sua descoberta aconteceu a 8 de Janeiro, dia em que se celebram os reis no Brasil, daí o nome. Angra dos Reis é constituído por 365 ilhas, uma por cada dia do ano e apenas 1 é privada (do maior cirurgião plástico do mundo, que só por um acaso é brasileiro). Depois do autocarro, subimos para um barco que nos levou a um roteiro animado com sambinha por várias ilhas, com paragem em 3 para mergulhos. Fabulosas águas. Consegui aprimorar um bocadinho a minha cor de verão :)
Último dia, sexta: uma caminhada madrugadora pela praia de Copacabana. O dia cheirava a praia, a sol. A água, embora revoltada com as nuvens, puxava a um mergulho. Um início de dia fantástico, pena ser o último...
Depois do pequeno almoço, a marcha seguiu para um dos exlibris do Rio de Janeiro: O Cristo Rei. A viagem fez-se de train pela floresta da Tijuca. A vista lá de cima é fabulosa. Os chuviscos não demoveram os turistas. Tanta gente. Imagino como não seria visitar o Cristo Rei sem ninguém. Uma paz naquela imensidão de paisagem. Só estar a olhar. Não há máquina que consiga registar toda aquela paisagem. Fica retida na memória...
De volta ao calçadão e ao Forte de Copacabana, última refeição. Waffles fantásticos (melhor só mesmo em Londres) como sobremesa. Vistas fabulosas. Suspiro já de saudade. Olhos bem atentos para registar toda aquela imensidão de contrastes: montanha/praia, mar com ondulação/mar que parece rio, ondas/calmaria, prédios/favelas, bikinis/collants grossos, trânsito/exercício físico, sol/chuva, tempo encoberto/forró, praia/cultura...
Voo de regresso ao final do dia. Aterragem em Portugal dia 27 de Agosto, sábado, às 10h da manhã.
As sementes que trouxe passaram :) mas foi doloroso mais uma vez a espera da mala; os nervos a aumentarem motivados pela experiência da retenção no aeroporto do Rio.
Já estão semeadas. Vamos ver é se dão alguma coisa :)
Não senti insegurança, mas também não me atrevi a visitar favelas (sim porque já existem visitas guiadas até para a favela do alemão que ainda estava a ser apaziguada pelos militares. O sol só espreitou, mas se tivesse permanecido presumo que seria insuportável fazer as visitas culturais. Por experiências anteriores no Verão do Brasil (mas no nordeste) até na praia não se podia estar com o sol a dar na pele.
Tenho pena de que ainda existe um desconhecimento de Portugal grande, que chega a ser irónico mesmo para uma ex-colónia nossa...
A descontração daquele povo, o viver o dia são contagiantes. O 'fado' não existe ali.
As paisagens do Rio marcam de facto a diferença.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Consegui!

Os 2 anos estão concluídos. Agora a atenção volta-se para um único foco (intenso, claro, mas único). Até agora consegui! Com altos e baixos, objectivo atingido. As férias aproximam-se, mas a sensação de dever totalmente cumprido não há meio de aparecer, acho porque isto entranha-se e não nos larga...

Para os que me acompanham nesta minha caminhada, um abraço forte.